3 de mai. de 2009

Progresso e retrocesso

Nesta semana a Datafolha divulgou uma pesquisa em que 94% dos entrevistados – num total de 2.055 – preferem a suspensão do abate de árvores, mesmo que isso signifique frear a produção agropecuária. Tal resultado expõe um avanço na consciência sobre a forma de produção, já que quando esta é feita da maneira convencional, o efeito sobre o ambiente é drástico e insustentável.
Em contrapartida, recentemente, o governo de Santa Catarina aprovou o Código Ambiental Estadual que contraria o Código Ambiental Federal, negligenciando, explicitamente, o nível hierárquico. O ponto mais polêmico do código diz respeito à mata ciliar, que protege as margens de nascentes e rios e é área de preservação permanente. A legislação federal diz que essa faixa de mata deve ter, no mínimo, 30 metros. Pela lei catarinense, a proteção seria de irrisórios cinco metros em caso de pequenas propriedades, e de dez metros para as propriedades com mais de 50 hectares.
O simples argumento de que reduzindo a vegetação haverá mais infiltração e mais erosão – desencadeando deslizamentos – não foi suficiente para barrar esta proposta absurda.
Ressalva-se que nosso ministro do Meio Ambiente – Carlos Minc – declarou que quem não respeitar a lei federal no estado será multado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
E assim, a passos curtos, vamos caminhando... uma melhora aqui, um deslize acolá, ao menos estamos debatendo os problemas e desenvolvendo soluções.

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