24 de fev. de 2013

Nova velha casa

Schumacher College
De volta ao Schumacher College, me encontro na biblioteca no prédio The Old Postern construído em 1830. À beira da lareira (enquanto a temperatura externa é de -2ºC), ouço a chinesa Ling, uma das mestrandas, tocando o piano lindamente. Estou lendo um livro chamado ‘Pessoas e Permacultura’ escrito pela Looby Macnarama, que inspira benevolência através da consciência. E minha cuia com chimarrão me acompanha neste privilégio.
Após uma semana de trabalho como co-facilitadora do curso ‘Além do Desenvolvimento: Caminhos para Riqueza e Bem Estar’, aproveito a calmaria para refletir sobre os aprendizados compartilhados nesta semana pelos professores Robert Chambers e Cormac Russel. Sob o lema ‘colocando o último em primeiro’, o conceito ‘desenvolvimento’ – e suas possibilidades – foram explorados através de metodologias práticas e participatórias lideradas pelos dois grandes entendedores do assunto.
Sessão com Robert Chambers
Retornar a Totnes após uma visita cheia de alegrias à Campinas tem me feito perceber que ‘casa’ é mesmo onde o nosso coração está. Rever minha família e amigas, aproveitar o verão brasileiro e nossas comidas típicas foi – e sempre será – um prazer imenso. É também onde alimento o meu próprio censo de identidade. Entretanto, agora sinto que há um certo apego a esta pequena e charmosa cidade inglesa. Seja pelas amizades aqui contruídas, pelo o espírito alternativo e cultura vibrante, pela paisagem tão bela e, claro, pela segurança e qualidade de vida, Totnes hoje é a minha casa. Que venha outra ótima temporada de aventuras, aprendizados e prazeres!
Praticamente uma orquestra


Pôr do sol

2 de fev. de 2013

Santa Maria

 
Após a tragédia em Santa Maria, recebi este email de um amigo com o qual eu estudei Engenharia Florestal durante quase cinco anos na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Fica aqui uma mensagem com a qual concordo plenamente:
 
Prezados colegas,
Divido com vocês meus pensamentos sobre a famosa tragédia da boate Kiss em Santa Maria.
Esse momento não pode simplesmente passar em branco, sem que façamos alguma consideração sobre tudo isso.
Diante dessa tragédia, a pergunta que fica é: qual a lição que podemos tirar disso?
A junção dos elementos que causaram essa tragédia na madrugada de domingo poderia ter se dado em outra casa, em outro ano, com outros cursos, enfim.....nossa turma poderia ter passado por isso!
Mas não.
Não foi durante os anos da nossa graduação, nem com o nosso curso...nada. Entramos na UFSM, cursamos os cinco anos de engenharia florestal, nos formamos... e estamos no mundo.
Eu definitivamente não sei qual é a lição. Acredito que deve ser algo muito maior do que mudar a legislação sobre fogos e boates e etc..
Sempre pareceu que as tragédias não chegariam a nossa casa. No Brasil não tem terremoto, não tem tsunami, não tem guerra santa, etc... Mas analisando o que aconteceu, fica visível quão tênue é a linha que separa a vida da morte. Um dia qualquer tu pode sair de casa pra fazer uma festa, e em um minuto tu pode tá tomando uma cerveja, assistindo um show, dançando,.. e no próximo minuto tu pode tá desesperadamente morrendo asfixiado sem ter qualquer culpa de nada e nunca mais ver aqueles que tu ama.
Simplesmente não temos o controle desse próximo minuto...não temos nenhum poder sobre aquilo que a vida nos reserva para o futuro....o que podemos controlar são as nossas atitudes no dia a dia...
E que tal ser verdadeiro, demostrar o teu carinho, não cultivar uma inimizade.....e que tal ir correndo em busca da tua felicidade e fazer a vida valer a pena a cada momento!
Parece que a vida é o nosso maior bem, e já que recebemos essa dádiva, nada mais justo do que valoriza-la.
Abraço,
Thiago