29 de mar. de 2009

A hora é agora

Ontem, dia 28 de março, às 20.30h – segundo o horário de Brasília –, ocorreu o ato simbólico intitulado, pertinentemente, de Hora do Planeta, que desta vez contou com o apoio da ong (organização não-governamental), internacionalmente reconhecida, WWF. O gesto de manter as luzes apagadas durante 1 hora visou chamar a atenção para o aquecimento global.
Esta edição do evento contou com a adesão de mais de 1 bilhão de pessoas que, em todo o mundo, uniram as suas vozes para chamar a atenção dos dirigentes de todos os países e reivindicarem que tais líderes assumam a sua parte – e responsabilidade – na solução do problema e se engajem por um acordo global relacionado ao clima.
Desejamos que este grito em prol da preservação do meio ambiente tenha impacto na Conferência Mundial do Clima, em Copenhagen, na Dinamarca, que ocorrerá em dezembro.
No Brasil o ato contou com a mobilização de 107 cidades. Nosso país terá um papel fundamental no acordo pós-Protocolo de Quioto, já que é o 4° lugar no ranking dos países que mais emitem gases causadores do efeito estufa, em função do gás carbônico emitido pelo desmatamento na Amazônia e pelas queimadas – que juntos representam 75% das emissões brasileiras.
Brasileiros, façamos a nossa parte. Por quê esperarmos a panela de pressão estourar? Os efeitos – tanto os positivos quanto os negativos – atingirão todos os lados. Todos.

22 de mar. de 2009

Bem natural, necessidade mundial

22 de março: Dia Mundial da Água, recurso precioso e vital. Um bem tão mal distribuído, escasso e absurdamente desperdiçado.
O segundo artigo da Declaração Universal dos Direitos da Água reforça a sua magnitude: “Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano”. Com apenas 0,008% de água potável (própria para o consumo) disponível no planeta, como sobreviver em meio a tanto descuido e ignorância?
Fechar a torneira ao escovar os dentes, desligar o chuveiro enquanto lava-se o cabelo, reutilizar a água da máquina de lavar roupa para lavar a calçada e o carro, e não deixar a torneira pingando (uma torneira pingando pouco mais de uma gota por segundo, em média, desperdiça, em um dia, 46 litros de água!) são hábitos que podem – e devem – ser incorporados por nós consumidores e cidadãos – sem grandes esforços, diga-se de passagem.
Por conta de seu ainda baixo custo e de sua ilusória abundância, a água não é devidamente valorizada. Será mais um caso que esperaremos chegar ao limite, atingindo, diretamente, a nossa casa e a nossa família para darmos a devida atenção?
Água: seu uso requer cautela. Amanhã ou depois sentiremos a falta dela. Temos, necessariamente, não só que refletir, como também, necessariamente, mudar. Não espere chegar ao fundo do poço, literalmente.

15 de mar. de 2009

O por quê deste título

Em casa minha mãe sempre preferiu nos dar homeopatia ao invés de remédio. Quando indagávamos sobre esta exceção à regra, ela respondia: toda e qualquer doença - desde um mero resfriado até o mais temido câncer - é a manifestação de algo que está dentro de nós, isto é, o reflexo de nossos pensamentos e atitudes. Quando tomamos remédio é como se, simplesmente, afrouxássemos um nó presente no nosso interior. A dor será amenizada, nos iludiremos pensando até que saramos, mas lembre-se, o nó continua ali e daqui a pouco ele soará mais gritante e apertado.
Bom, ao longo da minha vida, pude observar - e até testar - esta teoria. Eis que resolvi concordar: nós - plural de nó - são consequências, reflexos de posso assim dizer, descasos.
Entretanto, “nós” também somos nós, isto é, este coletivo, este conjunto de pessoas, seres humanos que têm a capacidade e a possibilidade de reverter certas metodologias e circunstâncias.
O que nós, pessoas, temos a ver com estes nós, males da Terra?
Nós somos as causas – e não deixo de acreditar, também a solução – para este planeta doente. Podemos sim quebrarmos a cabeça, nos revirarmos, nos reinventarmos e, quem sabe num futuro não tão distante, desata-los. Podemos também fingir que já os desatamos quando, na verdade, apenas estamos afrouxando estes problemas, exibindo e nos vangloriando por falsas soluções. As mudanças climáticas, a má distribuição de renda (que gera tanta desigualdade), a atual crise econômica – e por que não dizer social, política e cultural – são exemplos de nós e, infelizmente, daqueles bem apertados.
Cabe a NÓS, portanto, decidirmos o que fazer em relação a isso, pensando, no mínimo, nas próximas gerações. Façamos a nossa parte, pois a Terra e os nós também serão gratos – e desatados.