Escultura viva nos The Lost Gardens of Heligan |
Nas últimas semanas tive a oportunidade de visitar alguns lugares que
exibem o colorido da primavera: The Lost Gardens of Heligan, em Cornwall, e os
Bluebells Woods e The Wisley Gardens, em Londres. Muito, muito bonito e especial.
Arte natural Bosque de bluebells (sinos azuils), flores que marcam a primavera inglesa |
Pomar de maçãs em Wisley Gardens |
Além do mais, agora que alugamos um terreno para fazer a nossa horta,
visitar tais lugares serve como uma fonte de inspiração.
A verdade é que cultivar a própria comida é uma daquelas coisas que ‘não
tem preço’. Também não tem muita lógica, considerando o mercado competitivo em
redes de supermercado que, por conta da produção em elevada quantidade,
conseguem ofertar produtos a preços quase inacreditáveis.
Não tem lógica?! Bom, não é bem assim... Cada vez mais consumindo
produtos não necessariamente saudáveis, muito menos éticos e sustentáveis
(altamente dependente de petróleo e agroquímicos como fertilizantes e herbicidas
artificiais), estamos negligenciando aspectos fundamentais a uma existência
digna de qualidade – seja a minha, a sua, a do agricultor, a da minhoca e de todos os microrganismos
no solo, a das abelhas, dos animais silvestres etc
Nossa horta
Cuidar da terra também significa estabelecer e nutrir uma relação quase que
única. Remover as ervas daninhas, afofar e adubar o solo, plantar, aguar,
manejar e, assim esperamos, colher, requer tempo, energia, observação,
disposição e cuidado. Requer também paciência, pois pode ser que, como a gente,
na expectativa de ver os brócolis crescendo, hoje deparamos com todas as
plantas comidas já que os pássaros tiveram um banquete. O mais surreal ainda é
pensar ‘bom, pelo menos alguns pássaros tiveram o que comer ontem a noite’!
E como qualquer coisa na vida, temos mesmo que aprender a honrar – e
respeitar – as artes da Natureza (e, claro, todas as suas surpresas)...
Pombinhas da paz
Flores por todos os lados