29 de mar. de 2010

Final de semana em Londres

Sexta-feira assisti a um show com, simplesmente, 400 artistas - entre músicos e dançarinos! Foi incrível!!!
Perto da escola onde estudo, há o Southbank Centre - algo similar ao CPFL Cultura, mas bem maior. O concerto, celebrando o talento de jovens artistas, foi emocionante e especialíssimo!
Sem contar que quando fui comprar o ingresso, durante a hora do almoço, estava acontecendo uma apresentação de música clássica. Considerando o frio e a chuva do lado de fora, e o ambiente totalmente convidativo, a melhor opção foi comer o meu sanduiche lá. Depois do break inesperado, voltei a escola para a última aula do dia...
No caminho, tive a feliz surpresa de me deparar com um Festival de Chocolate!!! Várias barraquinhas vendendo as mais variadas comidas – até nachos – com o toque do principal ingrediente da festa. Tudo de bom!!!
No sábado fui ao tradicional Portobello Market, localizado no bairro Notting Hill. Extremamente movimento – contando com inúmeros turistas, pessoas locais e artistas de rua –, foi um ótimo programa. Além de ser a melhor referência para quem gosta de objetos antigos, o mercado público é também uma ótima pedida para comprar boas frutas (especialmente, doces uvas) e comer tradicionais pratos de países como Alemanha, México, Espanha, Itália e muitos outros.
No final do passeio, me deparei com a estação de metrô fechada, o que me motivou a usar o charmoso ônibus vermelho como alternativa para o transporte. Mesmo lotado, tive a sorte de conseguir sentar no primeiro banco do segundo andar – o que é sempre divertido.
E ontem, pleno domingo chuvoso , assisti a uma apresentação de coral. Com a alegria estampada no rosto, o encanto infantil foi tamanho que até aprendi a compartilhar vídeo no YouTube (http://www.youtube.com/watch?v=sewizNn9V5A).


21 de mar. de 2010

Essa tal liberdade


Estar em Dublin é realizar um sonho almejado desde os meus 13, 14 anos – época em que conheci a música/dança celta – e me encantei.
A cidade está agitada por conta da comemoração do Dia de São Patrício (Saint Patrick´s Day), o homem que teria espantado as lendárias cobras existentes na Irlanda, além de ter convertido os primeiros protestantes em católicos na história irlandesa. A festa se assemelha ao carnaval brasileiro consistindo em folia, fantasias - com a tradicional cor verde (associada ao trevo, símbolo da Irlanda) predominando -, desfile pelas ruas e, certamente, uma boa desculpa para beber a original cerveja Guiness.


Hospedada em um albergue que está completamente lotado, estou impressionada com a estrutura e organização da acomodação. Além de atendentes extremamente simpáticos, e informações turísticas claramente disponíveis, podemos contar com tábua e ferro de passar roupa, aluguéis de bicicletas e guarda-chuvas (rs), acesso a internet, cozinha coletiva completíssima, instrumentos musicais, muitas opções de DVDs e livros, secador de cabelo, uma caixa com todos os tipos de conversores de tomadas existentes, e até aula de dança irlandesa! Meu quarto, com 6 camas, sofre um fluxo tão grande de pessoas, que não assimilei todos os nomes e nacionalidades que por aqui passaram. Uma australiana, 2 gregos, um norueguês, 1 italiano, 3 meninas vindas de Nova York, outras 3 da Califórnia... ah, também tem as pessoas que só vi dormindo e que já foram embora.
Conheci alguns dos tradicionais pubs, entre eles o Temple Bar – o mais famoso e, talvez, o mais caro da cidade. Ao som bandas entusiásticas e talentosas, tive o imenso prazer de me divertir ouvindo a linda Irish music.
Viajar sozinha proporciona um tipo de relação que até então desconhecia, pois quando estamos acompanhados, tendemos a interagir apenas com o familiar grupo. Entretanto, estando só, naturalmente, nos tornamos mais receptivos e, por conta dessa disposição, as opções se expandem e muitas oportunidades – sob todos os aspectos – são criadas. Basta saber aproveitá-las!

10 de mar. de 2010

A cidade sem tabu

Estou maravilhada. Amsterdam é uma cidade extremamente linda, charmosa, receptiva.. fascinante para resumir. Conhecer a cidade “sem vergonha” – como o guia da excursão a chama – foi uma experiência feliz e, certamente, inesquecível.
Desde o chocante Red Light District (região aonde se encontra muitas prostitutas - sendo a maioria muito bonita - se expondo em algo similar a uma vitrine) até os inúmeros canais com suas casas flutuantes, o idioma nativo totalmente inédito, o acolhedor comportamento das pessoas, os deliciosos queijos, os tradicionais clogs (sapatos feitos de madeiras) e os históricos prédios que de tão apertados possuem ganchos para a transferência de móveis através das janelas, a visita à polêmica capital holandesa foi especialíssima!
Com o radiante sol, mesmo sob 1 grau, a melhor opção foi caminhar a pé sem destino e sem pressa. Presenciar a realidade da legalização da maconha (e afins), bem como a oficialização da prostituição - sendo considerada uma digna profissão que merece respeito como qualquer outra -, me fez ver o positivo resultado do livre-arbítrio. Faça o que quiser, como e quando quiser. Não interfira na vida alheia e cumpra os seus deveres como todo cidadão (em especial, pague os elevados impostos). Respeite. Seja livre. Seja feliz.
Tive o prazer de beber uma deliciosa cerveja holandesa chamada “Grand Prestige” num pub muito mais do que especial. Ao som de música clássica, cercada de artistas e observando uma trabalhadora família composta por um casal e uma filha – que passam a impressão de estarem fazendo tudo com um enorme prazer –, passei uma tarde agradabilíssima.
Conheci a casa de Anne Frank, a famosa garota que escreveu um diário durante os dois anos que esteve escondida com sua família judia durante a época nazista. Sendo um dos primeiros livros do qual me lembro de ter lido, estar naquele ambiente foi algo extremamente emocionante. Passei o domingo em Bruges, uma pequena e turística cidade na Bélgica. Com lojas de chocolates extremamente atrativas - especialmente para uma chocólatra como eu -, castelos históricos, cervejarias e alguns canais, a “Veneza da Bélgica”, assim apelidada, possui o seu charme. Após a jornada de 366 degraus, pude contemplar a vista da cidade a partir de uma torre localizada no badalado centro. Certamente, foi demais...

4 de mar. de 2010

Andaças

Os dias por aqui têm sido agitados e enriquecedores. Domingo conheci Oxford. Bem similar a sua “concorrente” - Cambridge -, diferencia-se por ser um pouco mais antiga, por ter 39 Colleges (em um dos quais Tony Blair estudou Direito), e por ter ainda mais bicicletas – o principal meio de transporte utilizado por seus habitantes. Tão legal quanto ter feito amizade com duas japonesas (pessoal que tem me surpreendido de um jeito super positivo) e um iraniano, foi conhecer o histórico refeitório de um dos mais concorridos e famosos colégios, onde, por coincidência, foi gravado um dos filmes Harry Potter. O ambiente é fantástico e, ao mesmo tempo, surreal.
Na segunda-feira conheci Camden Town, lugar do qual estou certa de que quem conhece lembrará. Um dos bairros mais exóticos de Londres, mostra-se como o ponto de encontro de punks, clubbers, grunges, hippies, e qualquer outra tribo que esteja a fim de se enturmar e ser feliz. Com seus mercados públicos dominados por jamaicanos e nepaleses (e suas roupas coloridas), aonde a pechincha é quase um pré-requisito, o passeio é, no mínimo, divertido.
Nesta quarta, um fato ligeiramente tenso ocorreu na maior estação de Londres durante o horário de rush – quando o movimento é capaz de deixar qualquer ser vivo atordoado. Estava caminhando e gravando um vídeo quando fui abordada por 5 policiais extremamente não-simpáticos. “Pare a filmagem” eles disseram. Como estava distraída, ouvindo música, não dei muita atenção até que um deles me cutucou e falou seriamente. Soube que para filmar dentro da estação é necessário ter uma autorização. Expliquei que eu era uma turista brasileira e que estava apenas gravando para ter uma recordação. Naturalmente, a réplica foi: Brasileira? Futebol? Sim, sim. E, no fim, como sempre, tudo terminou bem.
Por falar em futebol, confesso que foi emocionante assistir ao jogo em pub cheio de brasileiros, cantar o hino, e, melhor ainda, ver o nosso time vencer a Irlanda por 2 x 0! Coisas que passamos a valorizar quando estamos fora como ver chinelos havaianas para vender, encontrar uma barraquinha com comidas típicas (e um pão-de-queijo simpatissíssimo) e, naturalmente, ouvir, ocasionalmente, português...