7 de abr. de 2013

A beleza – e a felicidade – do dia a dia

Outro dia li esta frase: ‘se você quer ser feliz, seja’. Simples assim. Simples?! Como assim?!
Refletindo sobre felicidade, também pensei em beleza. Aprendi com a minha mãe a importância da beleza. Desde a escolha do caminho para ir visitar a minha vó (ela sempre escolhia um caminho mais longo dizendo ‘por aqui é mais bonito’) até o arranjo da mesa para o café da manhã, minha mãe sempre fez questão de tornar nossas vidas mais bonitas. E hoje entendo e acredito em como beleza nutre felicidade.
Problemas todo mundo tem. Seja um adolescente confuso e rebelde ou um idoso se adaptando aos desafios da idade, tenha pouco dinheiro ou muito, encarando um inverno inglês ou um verão brasileiro, gordo ou magro, a verdade é que todo mundo (em todo o mundo) pode passar um tempão reclamando das dificuldades e mazelas da vida. E, claro, todo mundo tem aqueles dias que nada parece estar/dar certo.
Voltando a felicidade, a beleza e a minha mãe também aprendi que tudo é uma questão de opção – e de escolha. É a tal história do copo metade cheio ou metade vazio. Qual é a sua perspectiva? Onde você quer investir a sua energia? Sob qual ângulo você quer ver – e viver?
Eis aqui algumas fotos das belezas que têm alimentado os meus dias – e a minha felicidade J
Campo de Daffodils
 
Sobremesa linda em dia de sarau no Schumacher College
 
O mar em Cornwall 
 
Carinho genuíno
 

1 de abr. de 2013

O negócio é ser pequeno

Arco íris visto do colégio
Retornar ao Schumacher College como voluntária tem proporcionado a oportunidade de conhecer os estudantes dos três mestrados -  Ciência Holística, Economia Para uma Transição de Baixo Carbono e Horticultura Sustentável. Além disso, como sempre, há cursos de curta duração que variam de 1 a 3 semanas. Resumindo, o Colégio tem crescido, e o princípio do ‘small is beautiful’ pregado pelo próprio E. F. Schumacher começou a ser questionado.
Por um lado, é ótimo que há tantas pessoas interessadas nos assuntos que são tratados no colégio, e que estas possam vir aqui experimentar, mesmo que por um curto período, a rotina deste lugar tão especial. Por outro lado, as mudanças em relação ao senso de intimidade nesta ‘comunidade não intencional’ estão presentes no cuidado com o lugar - e com os outros -, no ritmo, agito e barulho, e na intensidade de estímulos que vão desde duas excursões no mesmo dia até três palestras acontecendo ao mesmo tempo. Tudo muito interessante sem dúvida, mas para alguém que como eu teve a oportunidade de ver – e viver – neste lugar por um bom tempo (no meu caso, 3 anos), fica evidente a importância do conceito sobre escala, além dos objetivos iniciais que sempre buscaram criar um senso de acolhimento, consciência, cuidado e intimidade.
Neve em plena primavera
Vandana Shiva e Satish Kumar - pessoas especiais que passam por aqui
 
Tivemos 3 aniversariantes - e 3 bolos lindos - um dia desses 
Ainda sobre o conceito de escala, nesta semana tive a oportunidade de visitar o Satish na casa onde ele mora, em Hartland. É lá também, mais exatamente no jardim da casa dele, que o escritório da Ressurgence (http://www.resurgence.org/), revista da qual ele é o editor há exatos 40 anos, fica.
Considerando o rico conteúdo da revista inglesa que é voltada ao movimento ambientalista e espiritual, por algum motivo, eu imaginava um escritório grande, com várias pessoas agitadas, e um certo ar de ‘corrida contra o tempo’ presente. Não, o escritório da Ressurgence não é bem assim. É um lugar pequeno, simples, com somente sete (!) pessoas trabalhando rodeadas por pinturas bonitas e música clássica ao fundo. Eis uma experiência que mostrou que para ser bom (ótimo na verdade) não é preciso ser grande - e nem barulhento.
Baía de Hartand