24 de ago. de 2012

Totnesiando

O rio Dart, Totnes
Viver em Totnes é se surpreender frequentemente. Seja pelo o estilo de vida e cultura da comunidade local, seja pela mobilização para protestar contra a rede de café que será aberta na cidade, seja pelo charme, a cidade onde o movimento Cidade em Transição começou oferece suas características a moradores, nômades e turistas que por essas terras transitam.
Um domingo ensolarado na High Street
Mercado público
Recentemente descobri um pomar de maçãs pertinho de casa. O terreno foi doado pela a autoridade legal, e o plantio foi feito por voluntários. O espaço é uma boa pedida para caminhar e contemplar a vista da cidade. Agora é só aguardar algumas semanas para que as maçãs estejam prontas para serem colhidas.   
Há também uma horta comunitária também criada – e mantida – por voluntários. É bonito de ver como tudo foi feito com cuidado e beleza.
Horta comunitária
Nesta semana o Festival da cidade começou com um desfile carnavalesco na rua principal. Fiquei surpresa ao ver o tanto de pessoas que vieram apoiar o evento, e alegre ao ouvir a batucada do grupo Energia, lembrando a energia brasileira.
Já ontem, viajando de trem rumo ao Estado Cambridgeshire, fui presenteada com este lindo nascer do sol. E assim mais um belo dia começou...
 

15 de ago. de 2012

Olimpíadas 2012

 
Anéis olímpicos na Tower Bridge
Acompanhar as Olimpíadas no país sede foi uma aventura e tanto. Numa casa com oito pessoas e, quase sempre, alguns ‘agregados’, assistir as cerimônias e os jogos acompanhada de britânicos proporcionou experiências únicas e muita diversão.
Fui a Londres no final de semana para acompanhar a agitação durante os dois últimos dias deste evento internacional. Entre tantos turistas, atletas, orgulhosos britânicos (entre tantos, voluntários), organizadores e atividades, presenciar e sentir a energia da cidade foi um privilégio inesquecível.
Mascote das Olimpíadas

Outro modelo

Da ponte que conecta o Southbank com o Embankment – duas áreas/estações de metrôs no centro londrino, populares por estarem entre o rio Thames – assisti a maratona. A corrida que após exatas 2h 08min 11 seg foi vencida por um atleta de Uganda, alegrou milhares de torcedores que estavam ali simplesmente para apoiar e prestigiar o evento.
A corrida passando pela estação Embankment
Em outro ponto, em frente ao Trafalgar Square, com o Big Ben ao fundo


Também fui ao boteco brasileiro que tanto gostava de ir quando estava ‘home sick’, durante os nove meses que morei lá. No Barraco (http://barracocafe.co.uk), assisti a partida de vôlei masculino entre Brasil e Rússia em meio a torcedores brasileiros, e desfrutei uma deliciosa porção de mandioca frita. Coisas boas da vida...
Assistindo o jogo no Barraco
Barraco café: para matar a saudade do Brasil
Ainda passeie pelas temporárias estações de jornalismo da Arábia Saudita e da Suíça, que assim como tantas outras, foram instaladas apenas para divulgar notícias durante as Olimpíadas. Entre tanto agito, havia distribuição de sorvetes e até de chocolate Lindit para alegrar um dia quente no verão inglês.
Para concluir, assisti a cerimônia de encerramento cercada por uma família que nasceu – e cresceu – em Londres. Os comentários sobre o que estava sendo mostrado foram valiosos, uma vez que as pessoas desta cultura entendiam o contexto e quem era quem muito melhor do que eu. Felizmente, pude retribuir um pouco desta valiosa experiência ao assistir a passagem da bandeira Olímpica ao Brasil, e explicar quem Marisa Monte, Seu Jorge e Nação Zumbi são (quanto ao Pelé, todos o conheciam). Que venha Rio 2016!

3 de ago. de 2012

Riqueza cultural

O chá mais inglês que já tomei
Em tempo de Olimpíadas, a Grã Bretanha encontra-se orgulhosa por tantas conquistas. Mais do que a própria organização deste evento internacional (talvez excluindo o sistema de transporte em Londres que anda mais do que congestionado), o país celebra a jornada de atletas que, assim como tantos outros, trabalharam intensamente para chegar aqui e, com sorte, conquistarão uma medalha.
Já na pequena Totnes, cidade onde moro, a ‘bola da vez’ é o tal Costa Café que após tantos debates, protestos e até passeata, ontem recebeu autorização para ser aberto na cidade. Assim como Starbucks, Costa é uma rede popular por seus cafés, chás e cookies. Só em Londres, há mais de 150. Entretanto, aqui na primeira cidade do movimento Cidades em Transição, as pessoas estão mais preocupadas com o desenvolvimento da economia local, prezando por todos os aspectos relacionados à cadeia de produção – e de consumo.
Quanto a mim, após me despedir do posto de voluntária no Schumacher College, estou aproveitando a experiência de morar na cidade (o colégio fica à 1hora de caminhada, na ‘zona rural’). A casa compartilhada por 8 pessoas é habitada por alemães, ingleses, uma italiana, uma espanhola e uma mulher da Eslovênia. Uma mistura verdadeiramente rica.
Também tenho aprendido bastante e conhecido gente interessante na organização UK Youth Climate Coalition (http://ukycc.org/), da qual sou a mais nova voluntária. Meu papel é colaborar com projetos e campanhas que almejam inspirar, mobilizar e unir pessoas jovens para tomarem ações positivas em relação às mudanças climáticas. Um desafio que será encarado com muito prazer.