22 de set. de 2012

O trabalho que motiva

Meu caderno após o final de semana
No último final de semana fui a Londres para finalmente conhecer as pessoas com quem tenho trabalho a mais de três meses. Sim, até então só as conhecia virtualmente, trocando emails, tendo conversas no Skype semanalmente, e utilizando a tecnologia para fazer um trabalho no qual realmente acredito.
A UK Youth Climate Coalition (http://ukycc.org) é uma organização criada em 2008 que é composta inteiramente por jovens voluntários espalhados por todo o Reino Unido. Com a missão de conscientizar, unir, e mobilizar jovens para agirem em relação às mudanças climáticas, a organização sem fins lucrativos atualmente é integrada por quatro times: Programas no Reino Unido (do qual faço parte), Internacional, Operacional e Desenvolvimento.
Além de criar, financiar e preparar uma delegação de oito jovens que irão a próxima Conferência das Partes (COP 18), em novembro, em Qatar, e engajar jovens na campanha ‘Empregos Verdes para os Jovens’ (http://youthforgreenjobs.ukycc.org/blog), atualmente estamos trabalhando numa campanha relacionada à ‘Defesa do Ato de Mudança Climática’.
Resumidamente, até hoje o Reino Unido não contabiliza as emissões de dióxido de carbono geradas pelos aviões e navios – o que simboliza uma grande falha nos dados publicados pelo país em relação às suas emissões. Há também uma pressão por parte de algumas instituições e empresas para que o governo britânico reduza as metas estabelecidas em 2008 (com prazo para 2030) em relação às emissões de gases causadores do efeito estufa, o que simbolizaria um imenso e perigoso retrocesso em termos de política/conduto socio-ambiental.
Nosso encontro proporcionou vários debates, conversas interessantes, celebrações em relação ao que tem sido conquistado, e um ambicioso plano para os próximos meses. Mais do que tudo, pessoalmente, sinto uma enorme satisfação por estar dedicando meu tempo e energia àquilo que acredito – e isto não tem preço.

11 de set. de 2012

Dia a dia

Recado na horta comunitária
A cada dia que passa, aprecio mais e mais a vida em Totnes. A cidade charmosa reserva ruelas e jardins que se escondem e que, quando achados, nos encantam.
Entre os artistas de rua, há o casal que começa a beber cerveja às 10 AM, e que lá pelas 4 PM só quer saber de tocar folk music (quando não estão discutindo em alto e bom som), e o indiano que usa a mesma roupa faça chuva ou faça sol, e está sempre no mesmo ponto da High Street; há também a moça que vende a revista ‘Big Issue’, acompanhada do seu fiel cão; há o mercado público, concentração dos hippies e simpatizantes;  brechós, produtos orgânicos, cerâmicas, a loja de caramelo, a van onde um casal de italianos faz a pizza mais disputada da cidade, a lojinha de pintura - e a de harpas, os cafés, o artista dos vidros, os pubs, o rio... ah, Totnes...
Além de tudo, esta parte do mundo está próxima à costa inglesa assim como à Reserva Natural de Dartmoor. Um  verdadeiro presente quando em menos de 30 minutos no trem chegamos a lugares como esses que visitei no final de semana:
   

6 de set. de 2012

Experiências shakesperianas

Em Stratford, cidade inglesa, tudo o que se vê está relacionado ao maior escritor de todos os tempos. Cafés, bares, sorveterias e até bancos carregam, orgulhosamente, o nome de William Shakespeare, nascido em 1564 na casa onde hoje é um dos pontos mais populares para os turistas. Lá também era o lugar onde o pai dele, Mr. John, vendia as luvas que fabricava pela janela.
 
A casa onde Shakespeare nasceu
Cortada pelo rio Avon, a charmosa cidade é a sede da mais renomada companhia de teatro britânica: a Royal Shakespeare Company. Numa produção ‘bolywoodiana’, isto é, feita pela maior indústria de cinema e teatro indiana, assisti ‘Muito Barulho Por Nada’ (originalmente ‘Much Ado About Nothing’). A peça que durou mais de 3 horas, além de encantamento, proporcionou um fato engraçado: fui a única pessoa no teatro que, ao final, levantou para aplaudir. Foi quando descobri que este gesto não faz parte da cultura inglesa.
 
Nesta viagem também aprendi a apreciar o tal scone, um tipo de bolo/pão tradicional do clássico chá inglês. Além do chá preto com leite, a combinação perfeita requer um ‘soft cream’ e geleia. Uma das coisas boas da vida.