4 de fev. de 2011

Módulo 3

O módulo do curso que estou fazendo agora chama “Desenvolvimento Transformativo”. No começo da semana tivemos aula com Ian Christie, que introduziu o assunto ressaltando o quanto os erros são importantes para o desenvolvimento, além de dizer que estamos numa época tão crítica que também representa a melhor oportunidade para a mudança ocorrer. Interessante também o relato de um estudo sobre o quanto casais que estão esperando o primeiro filho e pessoas recém-aposentadas vêm o mundo e têm expectativas diferentes da maioria, já que se encontram numa posição de esperança e de receptividade total à mudança.
Também temos tido aula com Robert Chambers – um senhor sábio, genuíno, simples e engraçadíssimo. Entre tantos projetos, ele trabalhou com o System of Crop Intensification (Sistema de Intensificação de Colheita) em alguns países da África e Ásia, onde um novo método de produção (inicialmente de arroz) foi desenvolvido, reduzindo 40% o uso de água, 50% o de fertilizantes e 20% do custo total de produção. Basicamente, a grande diferença ocorre no plantio que geralmente é feito usando sementes (freqüentemente mais de uma por cova, o que gera competição e retração dos futuros brotos) em solo traumatizado por conta da repentina remoção de plantas – e raízes – da cultura anterior. Na produção tida como “alternativa”, a plantação é feita com plantas com 15 dias de germinação, numa maneira delicada/cuidadosa, num solo relativamente descansado e, portanto, mais receptivo e fértil.
Robert: mais um grande presente de sabedoria e inspiração
Indonésia: diferença entre o arroz produzido através do SCI e do jeito convencional
Outro projeto no qual ele está envolvido chama Community-led Total Sanitation (http://www.communityledtotalsanitation.org/), que visa instruir comunidades, especialmente na Índia, no Quênia e em Uganda sobre a importância de defecar em um lugar "apropriado" (um buraco com tampa para evitar o contato de moscas com as fezes). Usando metodologia participativa, em que as alternativas são desenvolvidas - e construídas - pelos próprios “beneficiados”, o resulto tem sido incrível e, aos poucos, simbólicas contribuições estão acontecendo, fazendo da ideia uma realidade.
Um exemplo de banheiro contruído pela comunidade

Um comentário:

  1. Mi, gostei de ler do aprendizado, mas sinto falta de fotos suas também. Faz um post só com as suas fotos, fotos de Totnes, dos seus amigos, dos banquetes-água-na-boca que vcs fazem :)

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